terça-feira, 29 de maio de 2007

A DROGA DA VIOLÊNCIA



A DROGA DA VIOLÊNCIA


Os dados são assustadores: segundo dados do Ministério da Justiça, no Brasil, a cada 13 minutos uma pessoa é assassinada; 50% dos moradores das capitais evitam sair a noite com medo de assaltos; o Brasil é o terceiro maior mercado de carros blindados no mundo. Enfim, se continuássemos nessas estatísticas, ficaríamos literalmente assustados.
Surge então a pergunta: Qual a causa de tanta violência? É dever da sociedade e de cada um tentar analisar as causas mais profundas desse problema que deixa
a população amedrontada e as instituições governamentais constantemente
em pé-de-guerra.
FALTAM
OPORTUNIDADES
Uma sociedade que não trabalha para eliminar as desigualdades sociais, acabará pagando muito caro pelas conseqüências dessa situação injusta.
Aquela roupa da moda, o carro, a casa própria... tão enaltecidos pela propaganda e que muitos já possuem e usam normalmente, tornam-se bens praticamente proibidos por uma fatia considerável de pessoas da mesma sociedade que, por diversos motivos, não tem poder de compra. Dessa forma, o cidadão, não tendo possibilidade de obter seus direitos, tenta consegui- los apelando à violência.
O mercado das drogas emprega, atualmente, milhares de crianças e adolescentes, dando, embora de forma imprópria, uma esperança econômica para eles e para toda a família. É dinheiro fácil que chega ao bolso do traficante através do
dependente químico, cliente fiel.
Aí vem a intervenção policial, muitas vezes violenta, para debelar esse mal da sociedade. Mas será que a mesma sociedade se preocupou suficientemente para oferecer oportunidades de estudo ou de trabalho para esses adolescentes e jovens antes que fossem arrastados para o mundo das drogas?


DAS DROGAS
PARA A VIOLÊNCIA
O dependente, quase sempre, perde a família, o emprego, os amigos, mas não a droga. Mas, para consegui-la, é preciso conseguir o dinheiro, muito dinheiro, sempre mais dinheiro. E quando o status social do dependente não lhe permite
isso, quase de imediato parte para a violência do roubo. Progressivamente começa a ser violento contra aqueles que não aceitam sua situação: sua família, seus amigos, colegas de trabalho e, finalmente, contra si mesmo. Todavia, a maior e a mais explícita violência é a do tráfico de drogas. Esta tem o poder de dilacerar
toda uma sociedade: ela é a responsável pela manutenção dos usuários, como também pelo recrutamento dos futuros criminosos. A violência gerada pelas disputas de pontos de vendas da droga
e pelo armamento adquirido para a defesa interna e contra a polícia, são as razões pelas quais podemos afirmar que quem compra drogas é o principal patrocinador da violência.


O CICLO
DA VIOLÊNCIA
"Violência gera violência", é o que afirmaram os grandes pacifistas da história. Como conseqüência, uma sociedade violenta gera filhos violentos que, por sua vez, serão geradores de uma sociedade violenta.
Um exemplo: A tomada de um ponto de droga por um traficante é feita através da violência. Para isso se mata ou ameaça com o intuito de amedrontar. Naturalmente, isso desencadeará na facção rival o desejo de vingança que também matará para mostrar seu poder, e assim vai.
A violência não terá fim se não houver uma profunda mudança de condições sociais e uma melhor formação e educação desta geração de crianças e adolescentes.


O QUE POSSO
FAZER?
Tenho certeza de que você está se questionando seriamente: mas como eu posso
fazer algo diante deste problema? Que bom se todos se preocupassem como você. O nosso papel não é jogar a culpa nos outros ou achar responsáveis, mas sim fazermos a nossa parte.
Pequenas atitudes podem ter grande impacto. Uma nova postura diante desse problema, usada por muitos adolescentes, leva progressivamente a uma nova postura coletiva.
Se esta geração de adolescentes decidisse dizer "Não às Drogas", seria o passo inicial para diminuir a violência no Brasil. Eis algumas atitudes práticas que você
poderá adotar: · Participe de algum programa solidário (distribuir cestas básicas, visitar asilos e creches...). · Ofereça-se como voluntário em projetos que ocupam menores de rua com orientação profissional, esportes, alfabetização,...· Converse e proponha debates em sua escola sobre temas como: ética, moral e drogas e suas conseqüências para a sociedade. · Busque uma vida de menos ostentação.
Diante de tanta miséria, certos supérfluos a que temos acesso chegam a ser agressão. · Verifique se os políticos estão trabalhando pela comunidade. Junte
seus amigos e cobre! · Gratifique as pessoas que lhe prestam bons serviços. Dois reais podem não significar muito para você, mas pode significar pão e leite para a família de alguém que lhe prestou um bom serviço. Fique atento!
UNIDOS VENCEREMOS!
Essas pequenas atitudes podem promover uma grande mudança. Comece com você mesmo. Seu exemplo contagiará sua galera. Já pensou que maravilha conseguirmos viver num mundo mais feliz, tranqüilo, solidário?
Faça sua parte. Mas comece hoje mesmo! Melhor ainda se você reunir uma turma boa para fazer algo em prol do bem comum. Como diz aquela célebre e conhecida frase: "a união faz a força".
Cristian Goes


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