terça-feira, 29 de maio de 2007

JUVENTUDE QUE LUTA É FORÇA DE TRANSFORAMÇAO


I GINCANA CULTURAL
O CAMINHO
SE FAZ AO CAMINHAR,
COM LUTAS, CORAGEM, OUSADIA E FÉ.
A Pastoral da Juventude da paróquia São Carlos Borromeu, abre prioridade aos jovens que se organizam e lutam por seus sonhos.
Lembramos os grupos de jovens que organizem suas atividades uma vez por mês e que a gincana cultural esta confirmada para 2 de setembro em São Carlos. Teremos uma grande premiação. E uma rifa. No mês de julho teremos formação, ou seja encontro como três membro de cada grupo jovens em São Carlos. Dia 14 inicio 8horas. Para comemorar os 25 anos da PJs vamos fazer um pedágio.

PARA REFORÇAR
Está confirmado para o dia 02 de setembro encontrão paroquial da PJ, com segunda gincana cultural e banda "Cheiro de Paixão".
Vamos construir juntos este momento tão especial para nós.
Conversem nos grupos sobre o encontrão. Seja este um econtro "divisor de águas" da Pastoral da Juventude.
Abaixo tem vários temas para trocarem experiências. Leiam e deixem seus comentários.
Valeu!

Estrutura de reuniões



Esta é uma sugestão o que uma reunião de grupo deve conter. Para que a reunião seja produtiva é preciso prepará-la com antecendência, dividir as tarefas, ser criativo, entre outras coisas.AcolhidaComeço da reunião. Atenção especial, pois podem aparecer novos membros. A acolhida, junto a uma oração bem feita pode criar um clima de amizade e intimidade. Tema/ObjetivoÉ importante os membros saberem do que se trata. Antes de começar a discussão, mostrar o objetivo da reunião. Quando houver muitos asssuntos, dar prioridade aos de mais prioridade e montar uma pauta do que deve ser discutido.Rever o último encontroMuitas vezes, quem coordena as reuniões esquece de mostrar a continuidade do processo. É fundamental rever os pontos principais, comentários importantes, decisões tomadas, cobrar atividades distribuídas...Técnica/exercícioObjetivo: passar uma idéia, mensagem. Depende do conhecimento do assunto, da preparação, execução e aplicação ao tema proposto. Após a técnica (dinâmica) avaliar o que se aprendeu disso. Leitura bíblicaComo Jesus agia nestas situações? Exemplo, se o tema é a importância de um grupo, confrontar com a leitura, para que possa iluminar a caminhada, assumir os valores evangélicos para nossa vida. CompromissoAgora é a hora de ver a nossa realidade. O que o grupo pode assumir como compromisso, engajamento? InformesEspaço para valorizar o que acontece na Igreja e na sociedade. Percebe-se se o jovem está trazendo novas informações, eventos que possam contribuir com a formação do grupo. CelebraçãoMuito esquecido por alguns grupos. É hora de comemorar os pequenos frutos já obtidos. Uma boa oração final, demonstrando os trabalhos.

10 Mandamentos para fazer o Grupo crescer



1. Que todos compareçam às reuniões, mesmo que o tempo seja ruim. Se vierem poucos, valorizar a estes e trabalhar com os que estão presentes, sem ficar chorando a ausência: poucos e bons fazem mais do que muitos indecisos.

2. Nunca chegar atrasado, e se não der para chegar em tempo, pede-se desculpa ao grupo: todos merecem respeito, tanto o que chega como os que já estão na reunião.

3. Durante o encontro não ficar procurando falhas nem nos dirigentes nem no comportamento dos companheiros.

4. Aceitar sempre participar de comissão, trabalhos, ou dar opinião, porque realizar é melhor do que ficar criticando ou tirando o corpo fora.

5. Tanto no grupo como nas comissões em que se está, tomar parte sempre, para não ser apenas uma figura de enfeite.

6. Se alguém pede nossa opinião sobre um assunto importante, procurar dizer sempre alguma coisa (sem repetir o que já foi dito), mesmo que o assunto não seja simpático.

7. Nossas maneiras de ver "como deveriam ser as coisas", devem ser externadas durante os encontros e não depois deles.

8. Ninguém faça apenas o absolutamente necessário, mas procure ajudar, e encorajar os demais. As críticas também são formas de ajuda, desde que sejam construtivas e sejam feitas para melhorar.

9. Procurar ver sempre os encontros, as festinhas ou outros movimentos, como uma oportunidade de confraternização e não de desperdício de tempo e dinheiro.

10. Não viver se queixando disto e daquilo, enjoando os companheiros com as mesmas doenças ou conversas, mesmos problemas e fofocas, mas viver interessado no crescimento do grupo e de cada pessoa.

Como Fazer Reuniões Criativas


· Só convoque uma reunião quando totalmente indispensável;
· Estabeleça os objetivos;
· Elabore uma pauta, fixando tempo para cada assunto;
· Coloque só as pessoas às quais o assunto interessa;
· Não castigue os pontuais, premiando os atrasados;
· Mantenha o rumo da discussão;
· Designe um participante para secretariar a reunião;
· Sintetize as conclusões;
· Faça o acompanhamento de todas as decisões tomadas.

Administração do Tempo

A administração do tempo é uma ferramenta gerencial, que pode ser utilizada tanto nas empresas quanto na nossa vida particular, permitindo a organização de metas pessoais e profissionais, com menor dispêndio de energia física e mental. A boa administração do tempo é, provavelmente, o fator mais importante na administração de si mesmo e do trabalho executado. Ela começa com a auto-descoberta, isto é, com a identificação de como utilizamos o nosso tempo, do que não nos satisfaz e do que desejamos mudar.

Dicas Para se Economizar Tempo

"O tempo uma vez gasto, nunca é recuperado, e ele proporciona oportunidades iguais para todos"

· PLANEJAMENTO - Toda hora aplicada em planejamento eficiente poupa três ou quatro na execução e produz melhores resultados;

· ORGANIZAÇÃO - A organização é um outro fator facilitador na execução das tarefas; uma aliada do tempo. Ela deve existir principalmente nas informações;

· DELEGAÇÃO - Atribuição de tarefas para outras pessoas a fim de liberar o tempo para tarefas mais importantes. É a chave da administração eficaz;

· TELEFONE - Use-o para evitar deslocamento desnecessário para obter informações;

· COMUNICAÇÃO - A linguagem simples, concisa e isenta de ambiguidades assegura a compreensão e poupa o tempo com mal-entendidos;

· TOMADA DE DECISÕES - A análise de decisão tem que ser precisa e baseada em informações seguras, para que possa ser atacado o problema, imediatamente;

· CONCENTRAÇÃO - Tempo mínimo (anterior a ação) em que se julgar necessário para conseguir progresso em menos

Como fazer um grupo de jovens?


"Eu não sou você. Você não é eu. Mas somos um grupo, enquanto somos capazes de, diferenciadamente, eu ser eu, vivendo com você e você ser você, vivendo comigo."O que é grupo de jovens cristãos de Pastoral da Juventude? Relembrando a nossa experiência, a primeira idéia era de um lugar com muitos jovens animados, acolhedores, que falava do evangelho e animava as missas e a comunidade (gincanas, mutirões, festas, festivais, te atros). Foi isso que vimos e que nos deixou curiosos e desejosos de fazer parte. Mas quando entramos, descobrimos que tinha algo "a mais"! Era exigente, tinha tarefas, brigas, muita reza, treinamentos, estudo. Tempos depois fomos sentindo que sabíamos e aprendíamos coisas que não se falava na escola ou na família e isso era bom. Descobrimos então que era também lugar de crescimento.Como iniciar um grupo?Tempos (anos) depois nos deparamos com esse desafio. A primeira coisa que fizemos foi ir ver por que queríamos um grupo? Para quem seria o grupo, o local que se encontraria, o horário de funcionamento, o que discutir, viver, experimentar. A animação era total, mas faltava o principal: "os jovens". Quem convidar, onde, como? A turma que ajudou a pensar todos esses passos citados logo teve algumas idéias. foi nesta hora que quase desistimos. Veja algumas das sugestões: "vamos fazer convite na missa"; outro dizia: "Na crisma é um lugar legal também, lá tem muitos jovens" . Um outro mais xereta veio logo dizendo: "Isso eu já fiz e veio um tiquim de gente, foi um desânimo só. Algumas pessoas disseram que foi porque eu não dei muita graça na hora dos avisos finais".Por causa dessas faltas decidimos, durante três meses percorrer caminhos diferentes:1. Realizar uma tarde de lazer onde todos os jovens pudessem participar;2. Convidamos nas missas depois de fazer um lindo teatro sobre a vida dos jovens;3. Colocamos cartazes e fizemos convites e os distribuímos em turmas e pessoalmente nas escolas, campo de futebol, sorveterias, praças. Foi um trabalho enorme, mas veio muita gente;4. Convidamos depois todos os que vieram para voltar 15 dias depois para uma celebração jovem, e depois para outro dia de reflexão, festa junina. Percebemos que um grupo fixo de pessoas estava sempre presente. Foi aí que convidamos estes para formar um grupo de jovens.Mais uma vez outro xereta pergunta: "para que isso? Grupo de jovens serve para quê?" Tivemos então que buscar novamente as respostas:- Serve para fazer várias coisas legais e que nos preenchem como jovens e como pessoashumanas.- É um lugar jóia para fazer novas amizades, contar coisas da vida, partilhar os desejos e sonhos, encontrar amores, poder ajudar as pessoas necessitadas, animar a comunidade, dando um rosto jovem e alegre a ela.- Viver em grupo é muito bom. É algo natural, faz parte da gente.- Grupo geralmente é um espaço que nos ajuda na descoberta das outras pessoas e da gente mesmo.- Grupo é lugar de exercitar a fala, a opinião, o silêncio, defender pontos de vista.- Portanto, lugar de descobrir, de ter objetivos mútuos, de respeitar as diferenças, construir a identidade.A construção do grupoUm grupo se constrói através da constância da presença de seus elementos na rotina e de suas atividades.Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante : - da timidez de um, do afobamento do outro; da serenidade de um, da explosão do outro; do pânico de um, da sensatez do outro; da seriedade desconfiada de um, da ousadia do risco do outro; da mudez de um, da tagarelice de outro; do riso fechado de um, da gargalhada debochada do outro; dos olhos miúdos de um, dos olhos esbugalhados do outro; da lividez de um, do encarnamento do rosto do outro. Um grupo se constrói construindo vínculo com a autoridade e entre iguais. Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo, do ódio, da felicidade e do prazer.Vida de grupo dá muito trabalho e muito prazer porque eu não construo nada sozinho, tropeço a cada instante com os limites do outro e os meus próprios, na construção da vida, do conhecimento, da nossa história.Quem acompanha e coordena um grupo deve ter uma idéia do "processo de formação grupal"(caminho) que esse grupo vai fazer. Assim ele(a) garantirá que o grupo em um espaço de tempo s eja não só convocado (chamado), mas também conheça a sua própria situação, descubra a comunidade, perceba como é a sociedade, a conjuntura maior que o cerca e como cada pessoa pode interferir e principalmente que essa militância contribua para definir, perceber sua vocação e seu projeto de vida.Assim o caminho será feito e todos(as) poderão cantar: "por isso vem, entra na roda com a gente, também você é muito importante, vem!

("Vanildes Gonçalves dos Santos e Lourival Rodrigues da Silva.Artigo publicado no mês de Março de 1999, página 5)

A DROGA DA VIOLÊNCIA



A DROGA DA VIOLÊNCIA


Os dados são assustadores: segundo dados do Ministério da Justiça, no Brasil, a cada 13 minutos uma pessoa é assassinada; 50% dos moradores das capitais evitam sair a noite com medo de assaltos; o Brasil é o terceiro maior mercado de carros blindados no mundo. Enfim, se continuássemos nessas estatísticas, ficaríamos literalmente assustados.
Surge então a pergunta: Qual a causa de tanta violência? É dever da sociedade e de cada um tentar analisar as causas mais profundas desse problema que deixa
a população amedrontada e as instituições governamentais constantemente
em pé-de-guerra.
FALTAM
OPORTUNIDADES
Uma sociedade que não trabalha para eliminar as desigualdades sociais, acabará pagando muito caro pelas conseqüências dessa situação injusta.
Aquela roupa da moda, o carro, a casa própria... tão enaltecidos pela propaganda e que muitos já possuem e usam normalmente, tornam-se bens praticamente proibidos por uma fatia considerável de pessoas da mesma sociedade que, por diversos motivos, não tem poder de compra. Dessa forma, o cidadão, não tendo possibilidade de obter seus direitos, tenta consegui- los apelando à violência.
O mercado das drogas emprega, atualmente, milhares de crianças e adolescentes, dando, embora de forma imprópria, uma esperança econômica para eles e para toda a família. É dinheiro fácil que chega ao bolso do traficante através do
dependente químico, cliente fiel.
Aí vem a intervenção policial, muitas vezes violenta, para debelar esse mal da sociedade. Mas será que a mesma sociedade se preocupou suficientemente para oferecer oportunidades de estudo ou de trabalho para esses adolescentes e jovens antes que fossem arrastados para o mundo das drogas?


DAS DROGAS
PARA A VIOLÊNCIA
O dependente, quase sempre, perde a família, o emprego, os amigos, mas não a droga. Mas, para consegui-la, é preciso conseguir o dinheiro, muito dinheiro, sempre mais dinheiro. E quando o status social do dependente não lhe permite
isso, quase de imediato parte para a violência do roubo. Progressivamente começa a ser violento contra aqueles que não aceitam sua situação: sua família, seus amigos, colegas de trabalho e, finalmente, contra si mesmo. Todavia, a maior e a mais explícita violência é a do tráfico de drogas. Esta tem o poder de dilacerar
toda uma sociedade: ela é a responsável pela manutenção dos usuários, como também pelo recrutamento dos futuros criminosos. A violência gerada pelas disputas de pontos de vendas da droga
e pelo armamento adquirido para a defesa interna e contra a polícia, são as razões pelas quais podemos afirmar que quem compra drogas é o principal patrocinador da violência.


O CICLO
DA VIOLÊNCIA
"Violência gera violência", é o que afirmaram os grandes pacifistas da história. Como conseqüência, uma sociedade violenta gera filhos violentos que, por sua vez, serão geradores de uma sociedade violenta.
Um exemplo: A tomada de um ponto de droga por um traficante é feita através da violência. Para isso se mata ou ameaça com o intuito de amedrontar. Naturalmente, isso desencadeará na facção rival o desejo de vingança que também matará para mostrar seu poder, e assim vai.
A violência não terá fim se não houver uma profunda mudança de condições sociais e uma melhor formação e educação desta geração de crianças e adolescentes.


O QUE POSSO
FAZER?
Tenho certeza de que você está se questionando seriamente: mas como eu posso
fazer algo diante deste problema? Que bom se todos se preocupassem como você. O nosso papel não é jogar a culpa nos outros ou achar responsáveis, mas sim fazermos a nossa parte.
Pequenas atitudes podem ter grande impacto. Uma nova postura diante desse problema, usada por muitos adolescentes, leva progressivamente a uma nova postura coletiva.
Se esta geração de adolescentes decidisse dizer "Não às Drogas", seria o passo inicial para diminuir a violência no Brasil. Eis algumas atitudes práticas que você
poderá adotar: · Participe de algum programa solidário (distribuir cestas básicas, visitar asilos e creches...). · Ofereça-se como voluntário em projetos que ocupam menores de rua com orientação profissional, esportes, alfabetização,...· Converse e proponha debates em sua escola sobre temas como: ética, moral e drogas e suas conseqüências para a sociedade. · Busque uma vida de menos ostentação.
Diante de tanta miséria, certos supérfluos a que temos acesso chegam a ser agressão. · Verifique se os políticos estão trabalhando pela comunidade. Junte
seus amigos e cobre! · Gratifique as pessoas que lhe prestam bons serviços. Dois reais podem não significar muito para você, mas pode significar pão e leite para a família de alguém que lhe prestou um bom serviço. Fique atento!
UNIDOS VENCEREMOS!
Essas pequenas atitudes podem promover uma grande mudança. Comece com você mesmo. Seu exemplo contagiará sua galera. Já pensou que maravilha conseguirmos viver num mundo mais feliz, tranqüilo, solidário?
Faça sua parte. Mas comece hoje mesmo! Melhor ainda se você reunir uma turma boa para fazer algo em prol do bem comum. Como diz aquela célebre e conhecida frase: "a união faz a força".
Cristian Goes


domingo, 20 de maio de 2007

Pura emoção!


Oi

Este foi um momento especial, onde o Santo Padre passou na minha frente de Papamóvel. A emoção foi grande, por isso a foto não ficou muito boa..rs..Mas partilho com vocês esta alegria.

Um abraço!

Olga

Papa Bento XVI aos Jovens


Oi Pessoal!

Vale a pena ler! E levar para ser discutido nos grupos. E não esqueça de deixar seu comentário.

Valeu!


BRASIL - SÃO PAULO - 10.05.2007
Pacaembu
Encontro com os jovens

Queridos jovens! Queridos amigos e amigas!
«Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres [...] Depois, vem e segue-me» (Mt 19,21).
1. Desejei ardentemente encontrar-me convosco nesta minha primeira viagem à América Latina. Vim para abrir a V Conferência do Episcopado Latino-americano que, por meu desejo, vai realizar-se em Aparecida, aqui no Brasil, no Santuário de Nossa Senhora. Ela nos coloca aos pés de Jesus para aprendermos suas lições sobre o Reino e impulsionar-nos a ser seus missionários, para que os povos deste “Continente da Esperança” tenham, n’Ele, vida plena.
Os vossos Bispos do Brasil, na sua Assembléia Geral do ano passado, refletiram sobre o tema da evangelização da juventude e colocaram em vossas mãos um documento. Pediram que fosse acolhido e aperfeiçoado por vós durante todo o ano. Nesta última Assembléia retomaram o assunto, enriquecido com vossa colaboração, e desejam que as reflexões feitas
e as orientações propostas sirvam como incentivo e farol para vossa caminhada. As palavras do Arcebispo de São Paulo e do encarregado da Pastoral da Juventude, as quais agradeço, bem atestam o espírito que move a todos vocês.
Ontem pela tarde, ao sobrevoar o território brasileiro, pensava já neste nosso encontro no Estádio do Pacaembu, com o desejo de dar um grande abraço bem brasileiro a todos vós, e manifestar os sentimentos que levo no íntimo do coração e que, bem a propósito, o Evangelho de hoje nos quis indicar.
Sempre experimentei uma alegria muito especial nestes encontros. Lembro-me particularmente da Vigésima Jornada Mundial da Juventude, que tive a ocasião de presidir há dois anos atrás na Alemanha. Alguns dos que estão aqui também lá estiveram! É uma lembrança comovedora, pelos abundantes frutos da graça enviados pelo Senhor. E não resta a menor dúvida que o primeiro fruto, dentre muitos, que pude constatar foi o da fraternidade exemplar havida entre todos, como demonstração evidente da perene vitalidade da Igreja por todo o mundo.
2. Pois bem, caros amigos, estou certo de que hoje se renovam as mesmas impressões daquele meu encontro na Alemanha. Em 1991, o Servo de Deus o Papa João Paulo II, de venerada memória, dizia, na sua passagem pelo Mato Grosso, que os “jovens são os primeiros protagonistas do terceiro milênio [...] são vocês que vão traçar os rumos desta nova etapa
da humanidade” (Discurso 16/10/1991). Hoje, sinto-me movido a fazer-lhes idêntica observação.
O Senhor aprecia, sem dúvida, vossa vivência cristã nas numerosas comunidades paroquiais e nas pequenas comunidades eclesiais, nas Universidades, Colégios e Escolas e, especialmente, nas ruas e nos ambientes de trabalho das cidades e dos campos. Trata-se, porém, de ir adiante. Nunca podemos dizer basta, pois a caridade de Deus é infinita e o Senhor nos pede, ou melhor, nos exige dilatar nossos corações para que neles caiba sempre mais amor, mais bondade, mais
compreensão pelos nossos semelhantes e pelos problemas que envolvem não só a convivência humana, mas também a efetiva preservação e conservação da natureza, da qual todos fazem parte. “Nossos bosques têm mais vida”: não deixeis que se apague esta chama de esperança que o vosso Hino Nacional põe em vossos lábios. A devastação ambiental da Amazônia e as ameaças à dignidade humana de suas populações requerem um maior compromisso nos mais diversos espaços de ação que a sociedade vem solicitando.
3. Hoje quero convosco refletir sobre o texto de São Mateus (19, 16-22), que acabamos de ouvir. Fala de um jovem. Ele veio correndo ao encontro de Jesus. Merece destaque a sua ânsia. Neste jovem vejo a todos vós, jovens do Brasil e da América Latina. Viestes correndo de diversas regiões deste Continente para nosso encontro. Quereis ouvir, pela voz do Papa, as palavras do próprio Jesus.
Tendes uma pergunta crucial, referida no Evangelho, a Lhe fazer. É a mesma do jovem que veio correndo ao encontro com Jesus: o que fazer para alcançar a vida eterna? Gostaria de aprofundar convosco esta pergunta. Trata-se da vida. A vida que, em vós, é exuberante e bela. O que fazer dela? Como vivê-la plenamente? Logo entendemos, na formulação da própria pergunta, que não basta o aqui e agora, ou seja, nós não conseguimos delimitar nossa vida ao espaço e ao tempo, por mais que pretendamos estender seus horizontes. A vida os transcende. Em outras palavras, queremos viver e não morrer. Sentimos que algo nos revela que a vida é eterna e que é necessário empenhar-se para que isto aconteça. Em outras palavras, ela está em nossas mãos e depende, de algum modo, da nossa decisão.
A pergunta do Evangelho não contempla apenas o futuro. Não trata apenas de uma questão sobre o que acontecerá após a morte. Há, ao contrário, um compromisso com o presente, aqui e agora, que deve garantir autenticidade e conseqüentemente o futuro. Numa palavra, a pergunta questiona o sentido da vida. Pode por isso ser formulada assim: que devo fazer para que minha vida tenha sentido? Ou seja: como devo viver para colher plenamente os frutos da vida? Ou
ainda: que devo fazer para que minha vida não transcorra inutilmente?
Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque é o único que nos pode garantir vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe um conteúdo de plenitude.
4. Antes, porém, de dar sua resposta, Jesus questiona a pergunta do jovem num aspecto muito importante: por que me chamas de bom? Nesta pergunta se encontra a chave da resposta. Aquele jovem percebeu que Jesus é bom e que é mestre. Um mestre que não engana. Nós estamos aqui porque temos esta mesma convicção: Jesus é bom. Podemos não saber
dar toda a razão desta percepção, mas é certo que ela nos aproxima dele e nos abre ao seu ensinamento: um mestre bom.
Quem reconhece o bem é sinal que ama. E quem ama, na feliz expressão de São João, conhece Deus (cf.1Jo 4,7). O jovem do Evangelho teve uma percepção de Deus em Jesus Cristo.
Jesus nos garante que só Deus é bom. Estar aberto à bondade significa acolher Deus. Assim Ele nos convida a ver Deus em todas as coisas e em todos os acontecimentos, mesmo lá onde a maioria só vê a ausência de Deus. Vendo a beleza das criaturas e constatando a bondade presente em todas elas, é impossível não crer em Deus e não fazer uma experiência
de sua presença salvífica e consoladora. Se nós conseguíssemos ver todo o bem que existe no mundo e, ainda mais, experimentar o bem que provém do próprio Deus, não cessaríamos jamais de nos aproximar dele, de O louvar e Lhe agradecer. Ele continuamente nos enche de alegria e de bens. Sua alegria é nossa força.
Mas nós não conhecemos senão de forma parcial. Para perceber o bem necessitamos de auxílios, que a Igreja nos proporciona em muitas oportunidades, principalmente pela catequese. Jesus mesmo explicita o que é bom para nós, dando-nos sua primeira catequese. «Se queres entrar na vida, observa os mandamentos» (Mt 19,17). Ele parte do conhecimento que o jovem já obteve certamente de sua família e da Sinagoga: de fato, ele conhece os mandamentos. Eles conduzem à vida, o que equivale a dizer que eles nos garantem autenticidade. São as grandes balizas a nos apontarem o caminho certo. Quem observa os mandamentos está no caminho de Deus.
Não basta conhecê-los. O testemunho vale mais que a ciência, ou seja, é a própria ciência aplicada. Não são impostos de fora, nem diminuem nossa liberdade. Pelo contrário: constituem impulsos internos vigorosos, que nos levam a agir nesta direção. Na sua base está a graça e a natureza, que não nos deixam parados. Precisamos caminhar. Somos impelidos a fazer
algo para nos realizarmos a nós mesmos. Realizar-se, através da ação, na verdade, é tornar-se real. Nós somos, em grande parte, a partir de nossa juventude, o que nós queremos ser. Somos, por assim dizer, obra de nossas mãos.
5. Nesta altura volto-me, de novo, para vós, jovens, querendo ouvir também de vós a resposta do jovem do Evangelho: tudo isto tenho observado desde a minha juventude. O jovem do Evangelho era bom. Observava os mandamentos. Estava pois no caminho de Deus. Por isso Jesus fitou-o com amor. Ao rec onhecer que Jesus era bom, testemunhou que também
ele era bom. Tinha uma experiência da bondade e por isso, de Deus. E vós, jovens do Brasil e da América Latina? Já descobristes o que é bom? Seguis os mandamentos do Senhor? Descobristes que este é o verdadeiro e único caminho para a felicidade?
Os anos que vós estais vivendo são os anos que preparam o vosso futuro. O “amanhã” depende muito de como estais vivendo o “hoje” da juventude. Diante dos olhos, meus queridos jovens, tendes uma vida que desejamos seja longa; mas é uma só, é única: não a deixeis passar em vão, não a desperdiceis. Vivei com entusiasmo, com alegria, mas, sobretudo, com senso de responsabilidade.
Muitas vezes sentimos trepidar nossos corações de pastores, constatando a situação de nosso tempo. Ouvimos falar dos medos da juventude de hoje. Revelam-nos um enorme déficit de esperança: medo de morrer, num momento em que a vida está desabrochando e procura encontrar o próprio caminho da realização; medo de sobrar, por não descobrir o sentido da vida; e medo de ficar desconectado diante da estonteante rapidez dos acontecimentos e das comunicações.
Registramos o alto índice de mortes entre os jovens, a ameaça da violência, a deplorável proliferação das drogas que sacode até a raiz mais profunda a juventude de hoje. Fala-se por isso, seguidamente, de uma juventude perdida.
Mas olhando para vós, jovens aqui presentes, que irradiais alegria e entusiasmo, assumo o olhar de Jesus: um olhar de amor e confiança, na certeza de que vós encontrastes o verdadeiro caminho. Sois jovens da Igreja. Por isso Eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens e as jovens, que andam por este mundo errantes, como ovelhas sem pastor.
Sede os apóstolos dos jovens. Convidai-os para que venham convosco, façam a mesma experiência de fé, de esperança e de amor; encontrem-se com Jesus, para se sentirem realmente amados, acolhidos, com plena possibilidade de realizar-se. Que também eles e elas descubram os camin hos seguros dos Mandamentos e por eles cheguem até Deus.
Podeis ser protagonistas de uma sociedade nova se procurais pôr em prática uma vivência real inspirada nos valores morais universais, mas também um empenho pessoal de formação humana e espiritual de vital importância. Um homem ou uma mulher despreparados para os desafios reais de uma correta interpretação da vida cristã do seu meio ambiente será
presa fácil a todos os assaltos do materialismo e do laicismo, sempre mais atuantes em todos os níveis.
Sede homens e mulheres livres e responsáveis; fazei da família um foco irradiador de paz e de alegria; sede promotores da vida, do início ao seu natural declínio; amparai os anciãos, pois eles merecem respeito e admiração pelo bem que vos fizeram. O Papa também espera que os jovens procurem santificar seu trabalho, fazendo-o com competência técnica e com laboriosidade, para contribuir ao progresso de todos os seus irmãos e para iluminar com a luz do Verbo todas as atividades humanas (cf. Lumen Gentium, n. 36). Mas, sobretudo, o Papa espera que saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna, cumprindo as obrigações frente ao Estado: respeitando as suas leis; não se deixando levar pelo ódio e pela violência; sendo exemplo de conduta cristã no ambiente profissional e social, distinguindo-se pela honestidade nas relações sociais e profissionais. Tenham em conta que a ambição desmedida de riqueza e de poder leva à corrupção pessoal e alheia; não existem motivos para fazer prevalecer as próprias aspirações humanas, sejam elas econômicas ou políticas, com a fraude e o engano.
Definitivamente, existe um imenso panorama de ação no qual as questões de ordem social, econômica e política ganham um particular relevo, sempre que haurirem sua fonte de inspiração no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja.
A construção de uma sociedade mais justa e solidária, reconciliada e pacífica; a contenção da violência e as iniciativas que promovam a vida plena, a ordem democrática e o bem comum e, especialmente, aquelas que visem eliminar certas discriminações existentes nas sociedades latino-americanas e não são motivo de exclusão, mas de recíproco enriquecimento.
Tende, sobretudo, um grande respeito pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Não poderá haver verdadeira felicidade nos lares se, ao mesmo tempo, não houver fidelidade entre os esposos. O matrimônio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo à dignidade de Sacramento; é um grande dom que Deus fez à humanidade. Respeitai-o,
venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus vos chama a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados é somente fonte de felicidade e de paz na medida em que souberdes fazerda castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte das vossas esperanças futuras. Repito aqui para todos vós que «o eros quer nos conduzir para além de nós próprios, para Deus, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, renúncias,purificações e saneamentos» (Carta encl. Deus caritas est, (25/12/2005), n. 5). Em poucas palavras, requer espírito de sacrifício e de renúncia por um bem maior, que é precisamente o amor de Deus sobre todas as coisas. Procurai resistir com fortaleza às insídias do mal existente em muitos ambientes, que vos leva a uma vida dissoluta, paradoxalmente vazia, ao fazer perder o bem precioso da vossa liberdade e da vossa verdadeira felicidade. O amor verdadeiro “procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará existir para o outro” (Ib. n. 7) e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo.
Para isso, contais com a ajuda de Jesus Cristo que, com a sua graça, fará isto possível (cf. Mt 19,26). A vida de fé e de oração vos conduzirá pelos caminhos da intimidade com Deus, e de compreensão da grandeza dos planos que Ele tem para cada um. “Por amor do reino dos céus” (ib., 12), alguns são chamados a uma entrega total e definitiva, para consagrarse
a Deus na vida religiosa, “exímio dom da graça”, como foi definido pelo Concílio Vaticano II (Decr. Perfectae caritatis, n.12). Os consagrados que se entregam totalmente a Deus, sob a moção do Espírito Santo, participam na missão de Igreja, testemunhando a esperança no Reino celeste entre todos os homens. Por isso, abençôo e invoco a proteção divina a todos
os religiosos que dentro da seara do Senhor se dedicam a Cristo e aos irmãos. As pessoas consagradas merecem, verdadeiramente, a gratidão da comunidade eclesial: monges e monjas, contemplativos e contemplativas, religiosos e religiosas dedicados às obras de apostolado, membros de institutos seculares e das sociedades de vida apostólica, eremitas e virgens consagradas. “A sua existência dá testemunho do amor a Cristo quando eles se encaminham pelo seu seguimento, tal como este se propõe no Evangelho e, com íntima alegria, assumem o mesmo estilo de vida que Ele escolheu para Si”
(Congr. para os Inst. de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica: Instr. Partir de Cristo, n. 5). Faço votos de que, neste momento de graça e de profunda comunhão em Cristo, o Espírito Santo desperte no coração de tantos jovens um amor apaixonado no seguimento e imitação de Jesus Cristo casto, pobre e obediente, voltado completamente à glória do Pai e ao amor dos irmãos e irmãs.
6. O Evangelho nos assegura que aquele jovem, que veio correndo ao encontro de Jesus, era muito rico. Entendemos esta riqueza não apenas no plano material. A própria juventude é uma riqueza singular. É preciso descobri-la e valorizá-la.
Jesus lhe deu tal valor que convidou esse jovem para participar de sua missão de salvação. Tinha todas as condições para uma grande realização e uma grande obra.
Mas o Evangelho nos refere que esse jovem se entristeceu com o convite. Foi embora abatido e triste. Este episódio nos faz refletir mais uma vez sobre a riqueza da juventude. Não se trata, em primeiro lugar, de bens materiais, mas da própria vida, com os valores inerentes à juventude. Provém de uma dupla herança: a vida, transmitida de geração em geração, em cuja origem primeira está Deus, cheio de sabedoria e de amor; e a educação que nos insere na cultura, a tal
ponto que, em certo sentido, podemos dizer que somos mais filhos da cultura e por isso da fé, do que da natureza. Da vida brota a liberdade que, sobretudo nesta fase se manifesta como responsabilidade. E o grande momento da decisão, numa dupla opção: uma quanto ao estado de vida e outra quanto à profissão. Responde à questão: que fazer com a vida?
Em outras palavras, a juventude se afigura como uma riqueza porque leva à descoberta da vida como um dom e como uma tarefa. O jovem do Evangelho percebeu a riqueza de sua juventude. Foi até Jesus, o Bom Mestre, para buscar uma orientação. Mas na hora da grande opção não teve coragem de apostar tudo em Jesus Cristo. Conseqüentemente saiu dali triste e abatido. É o que acontece todas as vezes que nossas decisões fraquejam e se tornam mesquinhas e interesseiras.
Sentiu que faltou generosidade, o que não lhe permitiu uma realização plena. Fechou-se sobre sua riqueza, tornando-a egoísta.
Jesus ressentiu-se com a tristeza e a mesquinhez do jovem que o viera procurar. Os Apóstolos, como todos e todas vós hoje, preenchem esta lacuna deixada por aquele jovem que se retirou triste e abatido. Eles e nós estamos alegres porque sabemos em quem acreditamos (2 Tim 1,12). Sabemos e testemunhamos com nossa própria vida que só Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6,68). Por isso, com São Paulo, podemos exclamar: alegrai-vos sempre no Senhor (Fil 4,4).
7. Meu apelo de hoje, a vós jovens, que viestes a este encontro, é que não desperdiceis vossa juventude. Não tenteis fugir dela. Vivei-a intensamente. Consagrai-a aos elevados ideais da fé e da solidariedade humana.
Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada.
Queridos jóvenes, dentro de poco inauguraré la Quinta Conferencia del Episcopado Latinoamericano. Os pido que sigáis con atención sus trabajos; que participéis en sus debates; que recéis por sus frutos. Como ocurrió con las Conferencias anteriores, también ésta marcará de modo significativo los próximos diez años de Evangelización en América Latina y en el Caribe. Nadie debe quedar al margen o permanecer indiferente ante este esfuerzo de la Iglesia, y mucho menos los jóvenes. Vosotros con todo derecho formáis parte de la Iglesia, la cual representa el rostro de Jesucristo para América Latina y el Caribe.
Je salue les francophones qui vivent sur le Continent latino-américain, les invitant à être des témoins de l’Évangile et des acteurs de la vie ecclésiale. Ma prière vous rejoint tout particulièrement, vous les jeunes, vous êtes appelés à construire
votre vie sur le Christ et sur les valeurs humaines fondamentales. Que tous se sentent invités à collaborer pour édifier un monde de justice et de paix.
Dear young friends, like the young man in the Gospel, who asked Jesus “what must I do to have eternal life?”, all of you are searching for ways of responding generously to God’s call. I pray that you may hear his saving word and become his witnesses to the people of today. May God pour out upon all of you his blessings of peace and joy.
Queridos jovens, Cristo vos chama a serem santos. Ele mesmo vos convoca e quer andar convosco, para animar com Seu espírito os passos do Brasil neste início do terceiro milênio da era cristã. Peço à Senhora Aparecida que vos conduza, com seu auxílio materno e vos acompanhe ao longo da vida.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
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Segundo Momento: Fazenda Esperança


Outro momento muito especial desta viagem para acompanhar a visita do Papa, foi o encontro da Fazenda Esperança. Além do visual da fazenda que é belíssimo. A proximidade do Santo Padre com todos, por ser um evento menor, foi calorosa.

A impressão que tive, foi que na fazenda Esperança, a imprensa nacional e internacional, que cobria o evento, teve o seu momento de reflexão sobre o sentido da vida e suas escolhas.

Os testemunhos dos jovens internos na Fazendo foram fortes e foram um retrato da realidade das drogras na vida dos jovens do mundo inteiro.



Vale a pena conferir o que o Santo Padre falou na Fazenda Esperança:



BRASIL - GUARATINGUETÁ - 12.05.2007
Fazenda da Esperança
Queridos amigos e amigas,
Eis-Me finalmente na Fazenda Esperança!
1. Com particular afeto, saúdo ao Frei Hans Stapel, Fundador da Obra Social Nossa Senhora da Glória, também
conhecida como Fazenda da Esperança. Desejo desde já congratular-me com todos vocês, por terem acreditado num ideal
de bem e de paz que este lugar significa.
A todos que se encontram em fase de recuperação, bem como aos reabilitados, voluntários, famílias, ex-internos
e benfeitores de todas as fazendas representadas nesta ocasião para encontrar-se com o Papa, digo: Paz e Bem!
Sei que aqui se encontram reunidos os representantes de diversos países, onde a Fazenda da Esperança possui sedes.
Viestes ver o Papa. Viestes para ouvir e assimilar o que ele vos queria dizer.
2. A Igreja de hoje deve reavivar em si mesma a consciência da tarefa de repropor ao mundo a voz d’Aquele que disse:
«Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8,12). Por sua vez, a tarefa do
Papa é renovar nos corações essa luz que não ofusca, pois quer iluminar o íntimo das almas que buscam o verdadeiro bem
e a paz, que o mundo não pode dar. Um fulgor como este, só necessita de um coração aberto aos anseios divinos. Deus não
força, não oprime a liberdade individual; pede só abertura daquele sacrário da nossa consciência por donde passam todas
as aspirações mais nobres, mas também afetos e paixões desordenadas que ofuscam a mensagem do Altíssimo.
3. «Eis que estou à porta, e bato: Se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu
com ele e ele comigo» (Ap 3,20). São palavras divinas que tocam o fundo da alma e que removem até as suas raízes mais
profundas.
A um certo momento da vida, Jesus vem e toca, com suaves batidas, no fundo dos corações bem dispostos. A vocês,
Ele o fez através de uma pessoa amiga ou de um sacerdote ou, possivelmente, providenciou uma série de coincidências para
dizer que sois objeto de predileção divina. Mediante a instituição que os abriga, o Senhor proporcionou esta experiência
de recuperação física e espiritual de vital importância para vocês e seus familiares. Além disso, a sociedade espera que
saibam divulgar este bem precioso da saúde entre os amigos e membros de toda a comunidade.
Vocês devem ser os embaixadores da esperança! O Brasil possui uma estatística, das mais relevantes, no que diz
respeito à dependência química de drogas e entorpecentes. E a América Latina não fica atrás. Por isso, digo aos que
comercializam a droga que pensem no mal que estão provocando a uma multidão de jovens e de adultos de todos os
segmentos da sociedade: Deus vai-lhes exigir satisfações. A dignidade humana não pode ser espezinhada desta maneira. O
mal provocado recebe a mesma reprovação dada por Jesus aos que escandalizavam os “pequeninos”, os preferidos de Deus
(cf. Mt 18, 7-10).
4. Mediante uma terapia, que inclui a assistência médica, psicológica e pedagógica, mas também muita oração,
trabalho manual e disciplina, já são numerosas as pessoas, sobretudo jovens, que conseguiram livrar-se da dependência
química e do álcool e recuperar o sentido da vida.
Desejo manifestar o meu apreço por esta Obra, que tem como alicerce espiritual o carisma de São Francisco e a
espiritualidade do Movimento dos Focolares.
A reinserção na sociedade constitui, sem dúvida, uma prova da eficácia da iniciativa de vocês. Mas o que mais chama atenção, e confirma a validade do trabalho, são as conversões, o reencontro com Deus e a participação ativa na vida
da Igreja. Não basta curar o corpo, é preciso adornar a alma com os mais preciosos dons divinos conquistados através do Batismo.
Vamos agradecer a Deus por ter querido colocar tantas almas no caminho de uma esperança renovada, com o auxílio do Sacramento do perdão e da celebração da Eucaristia.
5. Queridos amigos, não poderia deixar passar esta oportunidade para agradecer também a todos os que colaboram material ou espiritualmente para dar continuidade à Obra Social Nossa Senhora da Glória. Que Deus abençoe Frei Hans Stapel e Nelson Giovanelli Ros por terem acolhido o convite d'Ele para dedicarem sua vida a vocês. Abençoe também todos
os que trabalham nesta Obra: os consagrados e as consagradas; os voluntários e as voluntárias. Uma Bênção especial vai para todas as pessoas amigas que a sustentam: autoridades, grupos de apoio e todos que amam a Cristo presente nestes seus filhos prediletos.
Meu pensamento vai agora a muitas outras instituições do mundo inteiro que trabalham para restituir a vida, e vida nova, a estes nossos irmãos presentes na nossa sociedade, e que Deus ama com um amor preferencial. Penso também nos muitos grupos de Alcoólicos Anônimos e de Narcóticos Anônimos, e na Pastoral da Sobriedade que já trabalha em muitas comunidades, prestando seus generosos auxílios em favor da vida.
6. A proximidade do Santuário de Aparecida nos assegura que a Fazenda da Esperança nasceu sob as suas bênçãos e o seu olhar maternal. Há muito que venho pedindo à Mãe, Rainha e Padroeira do Brasil, que estenda seu manto protetor sobre os que participarão na V Conferencia Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe. A presença de vocês aqui, supõe uma ajuda considerável para o sucesso desta grande assembléia; ponham suas orações, sacrifícios e renúncias no altar da Capela, certos de que, no Santo Sacrifício do Altar, estas ofertas subirão aos céus como um suave aroma na presença do Altíssimo. Conto com a ajuda de vocês. Que o Santo Frei Galvão e Santa Crescência amparem e protejam a cada um.
A todos vocês abençôo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
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O Papa Bento XVI e os jovens




Tive a oportunidade de estar presente na visita do Papa Bento XVI ao Brasil. E partilho com vocês dois momentos inesquecíveis. O primeiro foi o encontro da Papa com os Jovens no Estádio do Pacaimbú.


A Banda Dominus abriu o grande Encontro dos Jovens O show começou por volta das 4 da tarde .A lotação do estádio era quase completa. Mesmo com poucos lugares disponíveis, entretanto, o deslocamento estava bastante tranqüilo. Jovens de todas as partes do Brasil e também de outros países latino-americanos marcaram presença nesse grande show. Entre os estrangeiros, identificavam-se grupos da Argentina, México e Chile, que, calorosamente, acolhiam o Santo Padre. Faixas e cartazes com inscrições do tipo “A Igreja está viva” e “Seja bendito sempre” exemplificavam a fé da juventude.


No estádio, , os jovens tinham um grito de guerra "Papa, eu te amo". Um coro de aproximadamente 35 mil jovens lotam o estádio.Eram representantes de todos so setores da juventude, entre eles um grupo indígena.




Participar deste momento, foi para mim, o renovar do convite do saudoso João Paulo II que em uma Jornada Mundial da Juventude nos convidou a construir a Civilização do Amor. E hoje Bento XVI nos convida a fazer a diferença no mundo sendo santos.


Eis o desafio! Vocês acompanharam o encontro? Deixem seus comentários.


Valeu!


Olga




sexta-feira, 4 de maio de 2007

Olá!

Publicamos vários artigos, reflexões, orações no Blog. Esperamos seu comentário. Vamos movimentar este espaço.
Espero seu comentário. É fácil. É só clicar em comentários e escrever ali sua mensagem.
Este é o nosso espaço. Vamos construí-lo juntos!
Valeu!

Ser Jovem


Senhor, eu queria, como querem todos os jovens, fazer um mundo novo;
Não um mundo onde domine o ódio, a mentira, o roubo;
Mas um mundo onde reine o amor e a união.
Onde se trabalhe pelo bem de todos;
Um mundo cuja lei seja o Evangelho;
Um mundo onde a pedra angular sejas Tu.
Com teus sábios ensinamentos e os ditames de tua Igreja, Tu estabeleceste, sólida e harmoniosa, a estrutura deste mundo.
Porém, Senhor, o que mais falta, são os construtores, jovens principalmente, que se apaixonem por tua mensagem e que trabalhem, dia e noite, na construção do edifício.
Por isso, eu te suplico: faça de mim um verdadeiro cristão, um dos teus partidários mais zelosos, um desses que sempre estão na linha de frente...
Graças a Ti, Senhor, eu tenho algo para dizer ao mundo: a Boa Notícia!
Nesta missão, eu me comprometo livremente, voluntariamente e com todo afinco em teu serviço.
Que Tua doutrina e Tua vida penetre em todas as fibras de meu corpo, de minha alma e de minha vontade.
Quero, Senhor, ser-te fiel, zelosamente e afetuosamente fiel.Quero dizer-te sim, respondendo ao Teu apelo e a minha vocação de cristão.

O PECADO E A ESPIRITUALIDADE PROFÉTICA

Existem por aí várias definições sobre o pecado. Há quem trabalhe e cultive uma certa espiritualidade voltada principalmente em afastar os jovens do pecado, particularmente do pecado da impureza. Mas será que o maior pecado não é a incapacidade de reconhecer Jesus no próximo? Não será pecado fechar os olhos para uma realidade que deve causar em nós uma grande indignação e que exige o nosso compromisso para mudarmos tal situação?
Será que não deveríamos pedir perdão a Deus todos os dias por tudo aquilo que deixamos de fazer pelo outro, pelos pobres, para melhorar a vida dos irmãos e irmãs esquecidos(as) que existem entre nós e nos países mais pobres do mundo? Será que o testemunho dos missionários não está falando alto ao nosso mundo egoísta e consumista?
Precisamos cultivar em nossos corações a utopia de que vale a pena crer na vida. Crendo na vida, cremos numa sociedade igualitária, justa e fraterna. Somente assim conseguiremos acabar com os grandes pecados que massacram a vida da humanidade mais pobre.
É hora de todos os cristãos, mas sobretudo nós jovens, nos apaixonarmos pelo Projeto de Jesus de Nazaré, denunciando todo tipo de opressão e, com nossa espiritualidade profética, anunciar um Novo Tempo, uma Terra Sem Males.
(Vanduir Matias DetersSecretário das Pastorais da Juventude de SC)

O VALOR DA SIMBOLOGIA


Quando observamos o grande número de jovens estudantes invadindo as calçadas rumo aos colégios, universidades, trabalho, manifestações como o grito dos excluídos e tantos outros, sentimos que está acontecendo uma imensa peregrinação em direção à vida. Nesse caminhar dos jovens do terceiro milênio, há claramente algo profundamente religioso e profético.
Seu jeito de vestir, suas mensagens escritas nas camisetas, nos bonés, os lenços, as fitinhas etc, transmitem mensagens singelas e bonitas de fé e amor à vida.
Nas caminhadas dos jovens, a presença de bandeiras, faixas e gritos de ordem refletem a grande indignação frente ao mundo atual, cheio de promessas, mas profundamente injusto, no qual eles quase não têm espaço. A rica simbologia usada pelos jovens tem, sem dúvida, um grande valor, já que expressa uma espiritualidade com forte carga profética. É um jeito diferente de expressar e viver a fé.
Quem não observou, nos últimos anos, até mesmo nos estádios de futebol, inúmeros jovens pintando as faces com as mais variadas cores? É um símbolo para lançar suas mensagens e protestar contra os políticos corruptos e gananciosos, contra o capitalismo selvagem e a globalização.
Os jovens amam aquilo com que eles se identificam. É assim que eles acreditam, sonham e alimentam o empenho e a coragem de lutar para construir uma sociedade mais justa e fraterna.

JUVENTUDE E ESPIRITUALIDADE PROFÉTICA


Ao entrarmos no terceiro milênio, facilmente percebemos que a juventude rejeita este tipo de mundo e de sociedade que os adultos estão deixando.
Sem dúvida, este é o sinal claro e confortante da existência de uma juventude sadia e inconformada que possui espírito crítico frente à realidade atual tremendamente injusta e em plena crise de valores.
Há quem diga que os jovens de hoje, além de alienados da vida, se afastaram da religião, pouco ou nada freqüentam as igrejas, etc. Estas afirmações só podem ser feitas por pessoas sem a sensibilidade necessária para compreender um jeito novo de viver uma espiritualidade diferente, mais orientada para o compromisso concreto..., que freqüentemente mete medo nos adultos acomodados.
Neste contexto, falar dos jovens é fácil, bem mais difícil é deixar eles falarem. Em muitas comunidades, a juventude é vista como aquela que pode exercer tarefas, mas dificilmente é convidada para participar dos conselhos.
No entanto, em todo o Brasil, centenas de milhares de jovens trabalham em suas comunidades, participando ativamente nas Comunidades Eclesiais de Base e nas diversas Pastorais. Trata-se de um trabalho feito com amor e dedicação, sem medir esforços e sacrifícios. Muitos deles chegam a sacrificar até suas merecidas férias para ajudar os pobres, visitar doentes, fazer missões...
Nisso tudo, percebe-se a disponibilidade e a generosidade dos jovens, e tudo eles fazem com muito amor, recheado de imensa alegria. Estes missionários encontram-se entre nós e nos lugares mais distantes do mundo onde precisa-se da libertação trazida por Jesus Cristo.
A Igreja deve entender melhor seus jovens e, com coragem e confiança, abrir-lhes espaços e proporcionar-lhes oportunidades para que possa usufruir de seu enorme potencial humano e evangelizador. Afinal, eles, mais do que ninguém, possuem aquela sensibilidade para com as problemáticas da modernidade, que os tornam capazes de responder às mais urgentes necessidades.
É neste contexto de conquistas e de profundas angústias que eles anseiam por dizer como é importante e atual o projeto e os ideais que o Mestre de Nazaré propôs aos homens e mulheres de 2000 anos atrás.
Jesus Cristo continua sendo o grande líder das novas gerações. No meio de tantos egoísmos e ódios, divisões e guerras intermináveis, os jovens vêem, no seu seguimento, o único caminho que leva à conquista da fraternidade e à paz.
Embora contrastando com a mentalidade eficientista do mundo, eles acreditam nas palavras de Jesus:
"Sem mim nada podeis fazer" (Jo 15, 5). Muitos deles aceitam também seu convite forte e desafiador:“Ide pelo o mundo inteiro, anunciai o Evangelho a todas as criaturas...”.